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Consumo excessivo de água pode causar intoxicação

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Condição conhecida como hiponatremia reduz nível de sódio do sangue e, em casos graves, leva à morte 

Uma dúvida recorrente entre a maioria das pessoas que buscam uma vida saudável é a quantidade de água ideal a ser ingerida diariamente. Apesar de muita gente achar que quanto maior o consumo do líquido, mais benefícios para a saúde, especialistas afirmam que o excesso pode trazer graves problemas ao organismo, podendo levar, inclusive, à morte. 

A intoxicação por água acontece quando um grande volume do líquido é ingerido em um curto período. Relatos recentes mostram que alguns casos foram fatais. O mais recente foi de uma moradora de Indiana, Estados Unidos. Ela ingeriu dois litros de água em uma janela de tempo de apenas 20 minutos. 

“Existe um desequilíbrio dos eletrólitos e uma queda brusca no nível de sódio no sangue, chamado hiponatremia. Isso provoca desorientação, letargia, convulsões chegando a levar ao coma ou à morte”, explica o urologista com doutorado pela USP, Pedro Junqueira. 

O especialista acrescenta que em períodos mais quentes do ano, como os meses de agosto e setembro, a tendência natural é que haja aumento na ingestão de água. Mesmo assim, é necessário cautela para não cometer excessos. “É comum e faz bem para o corpo consumir um pouco mais em dias mais quentes, já que há mais perda de líquidos pelo suor. No entanto, é preciso ter atenção para evitar o alto volume. O ideal é beber pouca quantidade várias vezes ao dia em vez de beber muito de uma vez só”, pontua. 

Calculando a quantidade ideal 

Em média, um adulto deve consumir dois litros de água por dia. Outra fórmula recomendada por médicos é o cálculo de 35 ml por cada quilo de peso. Por exemplo, uma pessoa que pesa 70 kg deve calcular 35 x 70. O resultado é 2,45 litros. E a substituição da água pura por outros líquidos ou alimentos não entra nessa contagem. 

“É importante analisar a individualidade e os hábitos. A média é dois litros, mas fatores como prática de exercícios físicos, sudorese, estilo de vida ou restrições por conta de doenças ou tratamentos podem fazer com que a quantidade seja maior ou menor”, finaliza Junqueira.

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