Mais
de 14 milhões de fêmeas de corte e 5 milhões de fêmeas leiteiras (dados do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE) do rebanho bovino
nacional foram inseminadas com genética melhoradora em 2023, aponta o Índex
ASBIA, relatório da Associação Brasileira de Inseminação Artificial
(ASBIA) sobre o desempenho do setor no ano passado.
O
balanço de 2023 também destaca a consolidação do investimento em genética
bovina no rebanho nacional, além das exportações crescentes de sêmen para corte
e leite. Enquanto as exportações de corte atingiram 462.837 doses, a genética
leiteira embarcou 410.837 doses do material genético para outros países. Ambos
foram responsáveis pela venda externa de 873 mil doses, volume 70% maior do que
o praticado antes de 2020.
“Esse
crescimento sólido é ainda mais evidente se compararmos ano após ano. Em 2018,
a exportação de doses de sêmen para leite não chegava a 200 mil; em 2019/20 não
passaram de 235 mil. O mesmo para o corte, que de 2018 a 2020 exportou menos de
283 mil doses por ano. A partir de 2021, ambos os segmentos reagiram com
comercialização externa superior a 400 mil doses por ano. Essa consolidação
reforça o aumento do interesse internacional pela qualidade da nossa genética
bovina”, explica Cristiano Botelho, executivo da ASBIA.
A venda total no mercado
interno (corte e leite) foi de 22,496 milhões de doses – redução de 3% ante
23,141 milhões de doses de 2022.
Em
vendas para cliente final – quando as empresas de genética comercializam o
material diretamente para os pecuaristas –, mais de 17 milhões de doses para
corte foram negociadas. Já as doses de sêmen com aptidão para leite obtiveram
um aumento de 6% comparado a 2022 – totalizando 5,4 milhões.
A
prestação de serviço de empresas para coletar e industrializar o sêmen de
animais de fazendas gerou pouco mais de 1,7 milhão de doses de animais de leite
e de corte.
“Em
quatro anos, o mercado de sêmen no Brasil cresceu 6 milhões em volume vendido
internamente. Isso evidencia a profissionalização do pecuarista e o compromisso
de agregar genética melhoradora na produção de carne e de leite. De acordo com
os dados levantados pelo Centro de Estudos em Economia Aplicada (Cepea), cerca
de 23% das fêmeas de corte no Brasil foram inseminadas. Na pecuária leiteira,
esse percentual é de 12%. Ou seja, temos grande potencial para otimizar ainda
mais a produtividade e levar o Brasil ao patamar mais alto de fornecedor de
alimentos para o mundo”, finaliza Botelho.
O
executivo da ASBIA pontua que com “a divulgação do Index de forma gratuita no
site (www.asbia.org.br) a entidade
democratiza o acesso à informação e compartilha conhecimento para que cada vez
mais pecuaristas invistam em genética para melhoria da produtividade e
rentabilidade, fortalecendo de forma consistente a pecuária e proporcionando
segurança alimentar para cada vez mais pessoas”.
O
Index ASBIA está acessível de forma gratuita no site da Asbia: https://asbia.org.br/index-asbia/
Sobre a Asbia
Fundada em novembro de 1974, a Associação Brasileira de
Inseminação Artificial (ASBIA) trabalha com o objetivo de difundir e fomentar o
uso da inseminação artificial na pecuária nacional. Para isso, a entidade
realiza ações visando a promoção e divulgação da técnica, colaborando com
poderes governamentais. A entidade também busca cooperar com o aperfeiçoamento
e o desenvolvimento do setor empresarial, para ampliar o mercado e melhorar os
sistemas de distribuição de seus produtos.