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Transição águas-seca: uso estratégico da suplementação proteica para potencializar o desempenho animal

 

Por Keuven dos Santos Nascimento - Consultor Técnico Ruminantes da Trouw Nutrition

 

A criação de bovinos de corte a pasto tem seu ápice produtivo no período chuvoso; momento em que é possível reduzir os custos com o aumento da produtividade baseando-se na quantidade e qualidade da forragem disponível. Com o avanço das estações, o fim do período chuvoso é marcado pelo amadurecimento do capim e pelo declínio considerável da quantidade e qualidade nutricional das pastagens – fato que pode resultar em deficiências dietéticas, prejudicando o desempenho animal. 

 

Um dos principais fatores que afetam o ganho de peso é a redução da ingestão de matéria seca (MS) em decorrência da diminuição da oferta de forragem. De acordo com o NRC (National Research Council), principal base de informações para a formulação de dietas de bovinos, as pastagens com oferta menor que 2.000 kg de MS oferecem menor consumo de pasto e aumento do tempo de pastejo. Ou seja, o animal tem de caminhar e gastar mais horas do dia em busca de alimentos que atendam à sua exigência, muitas vezes sem sucesso, devido às limitações físicas e climáticas.

 

Além disso, o consumo também pode ser reduzido quando a forragem ingerida tem porcentagem de proteína bruta inferior a 6 a 8%, o que ocorre devido ao menor suprimento de nitrogênio no rúmen. Sendo necessário para o crescimento microbiano e a digestibilidade adequada do alimento ingerido.

 

Para otimizar a utilização dos nutrientes ingeridos e manter o desenvolvimento do animal, é desejável aumentar a ingestão e a digestão da forragem através de estratégias nutricionais suplementares. A suplementação ajuda a atender às exigências nutricionais dos animais em pastejo, desde que a disponibilidade de forragem não seja limitante. O fornecimento de suplementos proteicos permite ajustar o teor de nitrogênio na dieta total dos animais, maximizando o consumo de forragem que antes era limitado pela baixa digestibilidade.

 

Nesse sentido, é essencial oferecer suplementos que atendam a demanda proteica dos animais a pasto nos diferentes momentos de desenvolvimento da forragem. Como é o caso de Lambisk VS, suplemento proteico idealizado para animais a pasto no período de transição. Além de minerais e aditivos, o Lambisk VS possui em sua composição 40% de PB decorrente de um ajuste das diferentes fontes de proteína e nitrogênio ruminal (proteína verdadeira e NNP), que permitem corrigir o teor proteico da dieta a níveis que maximizem a ingestão e digestão de MS (i.e. retornando a dieta para valores entre 6 e 8% de proteína). 

 

Por exemplo, animais de recria (300 kg) em pasto de transição com teor proteico 5%, ao serem suplementados, têm ingestão proteica de 120 g via suplemento. Esse ajuste nutricional tem o potencial de elevar o teor proteico da dieta em 1,7 pontos percentuais, ou seja, corrigindo a dieta para valores entre 6 e 8% de PB. Fato que melhora a utilização da forragem ingerida e o desempenho animal, com ganhos adicionais esperados de 150 a 200 g/cabeça/dia em relação ao sal mineral.

 

Além de uma ótima estratégia para maximizar a utilização de forragem no período seco, o Lambisk VS atua na melhoria dos processos digestivos e metabólicos do animal nesses períodos tão desafiadores do ponto de vista nutricional. 

 

Referências

PAULINO, M.F.; ZERVOUDAKIS, J.T.; MORAES, E.H.B.K. et al. Bovinocultura de ciclo curto em pastagem. In: SIMPÓSIO DE PRODUÇÃO DE BOVINOS DE CORTE, 3., 2002, Viçosa, MG. Anais... Viçosa, MG: UFV, 2002. p.153-197.

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SALES, M. F. L., PAULINO, M. F., PORTO, M. O., VALADARES FILHO, S. D. C., ACEDO, T. S., COUTO, V. R. M. Energy levels in multiple supplements for finishing beef cattle grazing palisade grass pasture during the rainy to dry transition season. Revista Brasileira de Zootecnia, v. 37, p. 724-733, 2008.

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