Distúrbio pode afetar diferentes aspectos da vida pessoal do indivíduo e servir de porta de entrada para outros problemas de saúde mental, como a depressão
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De acordo com um levantamento realizado pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), mais de 58 milhões de pessoas sofrem de transtorno de ansiedade ao redor do mundo. Junto da depressão, a Organização Mundial da Saúde (OMS) considera a ansiedade como parte do chamado “mal do século”, ou seja, trata-se de uma das condições mais comuns da sociedade moderna.
Até um certo ponto, a ansiedade é um sentimento considerado comum, presente na vida de qualquer ser humano. Ela costuma se manifestar em situações que envolvem algum risco, levando o cérebro a ficar mais alerta para se prevenir de algum perigo iminente – ou seja, dentro de um limite saudável, podemos até dizer que a ansiedade é algo positivo.
Contudo, muitas pessoas sentem esse alerta de forma descontrolada, em situações banais do cotidiano. Quando a ansiedade se faz presente de forma tão frequente em nossas vidas, ela já se encaixa em um quadro patológico, pois acaba prejudicando muitos fatores pessoais. A pessoa que sofre desse transtorno se priva de atividades que, muitas vezes, não representam risco algum, resultando em perdas significativas no aspecto social e profissional.
O que caracteriza o transtorno de ansiedade?
Sentir ansiedade com muita frequência já é um fator que merece atenção, pois é a recorrência do sentimento que indica o quadro de transtorno. As pessoas que convivem com esse distúrbio costumam “sofrer por antecipação” em praticamente qualquer assunto de suas vidas pessoais, muitas vezes devido a problemas que não existem ou sequer possuem chances de acontecer.
Em muitos casos, o sentimento é tão frequente que acaba se manifestando de uma forma mais física. O transtorno de ansiedade também pode causar tremor, palpitação, sudorese (suor em excesso) e falta de ar, o que já implica em novas complicações. Devido à alta atividade cerebral, também é comum que a pessoa ansiosa sinta dificuldades para dormir, o que por sua vez implica em outros problemas de saúde.
Dependendo da gravidade do quadro, a pessoa acaba se isolando mais e se tornando um alvo fácil de outros distúrbios mentais, como a depressão. Por isso, o transtorno de ansiedade precisa ser tratado como qualquer outra doença.
Como tratar?
Por ser um distúrbio relacionado à saúde mental, não existe uma fórmula específica e generalizada para tratar o problema, assim como não há uma cura definitiva. O objetivo sempre é controlar as crises de ansiedade através do autoconhecimento, procurando entender os possíveis gatilhos que disparam esse sentimento. Para isso, é sempre recomendado realizar um acompanhamento profissional com psicólogo.
Outros hábitos benéficos como prática regular de exercícios físicos e atividades que ocupem a mente também são de grande ajuda. Dessa forma, o foco dos pensamentos se direciona cada vez menos aos gatilhos, auxiliando a manter um dia a dia mais tranquilo.