Considerado por muitos como uma das piores partes da ida ao hospital, a triagem hospitalar não somente ajuda a salvar vidas, como também a organizar melhor a sala de espera
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Toda vez que alguém tem um problema de saúde, essa pessoa se dirige ao hospital, no pronto atendimento, para conseguir um tratamento médico. O que pode irritar muitas pessoas é a triagem hospitalar que acontece antes do atendimento, mas é importante saber que, sem ela, seria muito pior.
É através desta classificação, feita nas unidades de saúde, que os profissionais conseguem entender o grau de urgência e encaminhar para o melhor tipo de atendimento para o problema do paciente. Esse processo agiliza a consulta e diminui filas e superlotação nas salas de espera. Existe até mesmo um nome para essa técnica: Protocolo Manchester.
O que é o Protocolo Manchester?
Criado em meados de 1994 pelo médico e professor Kevin Mackway, o Protocolo Manchester classifica o risco do caso de cada paciente, através das cores azul, verde, amarelo, laranja e vermelho. Com isso, casos mais graves são atendidos em um prazo menor de tempo, enquanto outros, que podem esperar mais, são colocados como baixa prioridade.
Essas cores possuem diferentes significados dentro desse “sistema”, e entender cada um deles é importante para compreender como esse processo é feito:
Azul: caso não urgente, cujo atendimento deve ocorrer em até 240 minutos, ou ser encaminhado para outros serviços de saúde.
Verde: caso pouco urgente, cujo atendimento deve ocorrer em até 120 minutos, ou ser direcionado para outros serviços de saúde.
Amarelo: caso urgente, mas que pode esperar. O atendimento deve ser realizado em até 60 minutos.
Laranja: caso muito urgente, o atendimento deve ser realizado em até 10 minutos.
Vermelho: emergência. Isso significa que o paciente precisa de atendimento imediato.
Para realizar essa classificação, é essencial que o profissional faça uma análise que dure, no máximo, entre 3 e 4 minutos. Para isso, é necessário aferir os sinais vitais, saber identificar os sintomas, entender a principal queixa do paciente através de várias perguntas e, com isso, realizar a triagem hospitalar.
O que é avaliado em uma triagem?
Apesar de não existir uma regra fixa para cada unidade de saúde, existem alguns pontos que são considerados os mais importantes para definir a prioridade em cada caso:
Sintomas: o tempo em que o paciente apresenta os sintomas é essencial para saber se é um problema agudo ou crônico.
Gravidade: ao identificar o risco de vida ou de sequelas, é possível agilizar o atendimento.
Histórico: avalia-se se o paciente possui histórico de doenças que podem agravar sua situação atual.
Idade: crianças e idosos são considerados grupos de risco, e neste caso, o atendimento deles é priorizado.
Condições socioeconômicas: avalia-se a condição socioeconômica do paciente para verificar o quão grave é sua situação.
Origem da demanda: foi encaminhado pela emergência? Urgência? Outros serviços de saúde?
Nível de dor: quanto mais dor, mais prioritário é o atendimento.
Quem realiza essa triagem?
Segundo o Ministério da Saúde, a triagem hospitalar deve ser realizada por profissionais de nível superior que tenham formação específica para exercer essa atividade. Entre aqueles cuja profissão permite exercer essa atividade, estão:
Enfermeiros: geralmente os profissionais que ficam à frente dessa atividade, os enfermeiros são qualificados através da faculdade de enfermagem para avaliar a gravidade dos sintomas e encaminhar para o atendimento especializado.
Médicos: em casos de emergência, os médicos realizam a triagem, avaliam a gravidade da situação do paciente e o direcionam para o atendimento mais adequado.
Assistentes sociais: em casos específicos, os assistentes sociais podem realizar a triagem ao avaliar as demandas dos usuários e encaminhá-los para os serviços especializados, de acordo com as necessidades descritas.
