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Distrito Federal lidera moradia em apartamentos, segundo Censo 2022

 Expansão imobiliária e planejamento urbano impulsionam moradia vertical na capital do país

 

Créditos: Wirestock/iStock

O Distrito Federal é a unidade da federação com a maior proporção de pessoas morando em apartamentos no Brasil. Os dados são do Censo 2022, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O levantamento revela que 66,14% dos moradores da capital federal vivem nesse tipo de residência, superando amplamente a média nacional.

Embora a maioria dos brasileiros ainda resida em casas, representando 84,8% da população, a pesquisa mostra que morar em apartamentos se tornou uma alternativa cada vez mais comum.

Atualmente, 12,5% dos brasileiros vivem em apartamentos, uma proporção que cresceu significativamente, em relação aos 8,5% registrados em 2010. Esse aumento ocorreu em todas as regiões do país, com destaque para o Sudeste, onde o crescimento foi de 16,7%, enquanto o Norte registrou a menor expansão, de apenas 5,2%.

O avanço reflete transformações no mercado imobiliário, impulsionado pela busca por segurança, localização privilegiada e melhor infraestrutura urbana. Além disso, fatores econômicos, como a valorização dos terrenos nas grandes cidades, também influenciaram essa mudança.

Além do Distrito Federal, apenas três municípios brasileiros têm mais pessoas morando em apartamentos do que em casas: Santos (SP), com 57,8% da população vivendo em edifícios residenciais; Balneário Camboriú (SC), com 57,2%; e São Caetano do Sul (SP), com 50,77%.

Esses índices refletem o perfil urbano dessas cidades, marcadas por um alto nível de urbanização e uma oferta consolidada de apartamentos à venda. Cidades como Vitória (ES), Porto Alegre (RS) e Niterói (RJ) também aparecem com expressivas taxas de moradores em apartamentos, reforçando a tendência de verticalização nas regiões metropolitanas.

Cidades turísticas como Florianópolis (SC) e Itapema (SC) também registraram percentuais significativos, evidenciando a atratividade econômica e o desenvolvimento imobiliário nessas áreas.

O aumento das moradias em prédios é explicado pelo elevado custo dos terrenos nas áreas centrais das grandes cidades e pela busca por comodidades como segurança, lazer e proximidade a centros comerciais.

No Distrito Federal, o planejamento urbano de Brasília, com suas superquadras e prédios residenciais, desempenha um papel decisivo nesse cenário. A infraestrutura urbana consolidada e a valorização constante dos imóveis também impulsionam a construção de prédios na região.

Com a contínua valorização do mercado imobiliário e a expansão dos centros urbanos, espera-se que o número de pessoas morando em apartamentos continue crescendo. As políticas públicas voltadas para o planejamento urbano sustentável e o incentivo à construção de empreendimentos verticais devem influenciar ainda mais esse cenário.

No entanto, o Distrito Federal deve manter sua posição de destaque, reafirmando sua identidade como referência em habitação vertical no Brasil. Com o avanço das tecnologias construtivas e o aumento da oferta de serviços nas cidades, a tendência é que a procura por apartamentos continue se expandindo nos próximos anos.

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