O agro caminha para se consolidar como um dos setores mais tecnológicos da economia brasileira, aliando produtividade, sustentabilidade e inovação científica
Créditos: Sakorn Sukkasemsakorn/iStock
No território brasileiro, quando se analisa o processo de desenvolvimento histórico e de ocupação do solo, percebe-se que a agricultura, de um modo geral, sempre pautou as relações comerciais em suas escalas. Hoje, esse movimento expressa-se a partir do que compreendemos como agronegócio, setor de mercado que engloba uma série de outras atividades e segmentos.
Não é novidade, portanto, que o agronegócio possui forte influência econômica. De acordo com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), no ano passado (2024), por exemplo, o Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio cresceu 4,48% no quarto trimestre e, ao final do ano, fechou com uma alta de 1,81%, em um comparativo realizado com o ano de 2023. [1]
Mas o que esperar do agronegócio para 2025?
Em tese, os números demonstram que o agronegócio encontra-se em constante expansão. Esse movimento ocorre especialmente pelo avanço tecnológico, que, atualmente, possui forte influência no setor. De acordo com o Broadcast Agro, o PIB no setor deve atingir entre 2,5% e 6%, por conta do aumento da produção de grãos como soja e milho, estimados em 322,42 milhões de toneladas.[2]
Percebe-se, nos últimos anos, uma tendência que caminha cada vez mais para a utilização de uma série de ferramentas tecnológicas no processo produtivo do campo. Em tese, esse processo iniciou-se em meados da década de 1960, com o advento da revolução verde e o pacote tecnológico da agricultura, a partir da implementação de sementes melhoradas geneticamente.
Para 2025, portanto, a agricultura de precisão é uma forte tendência, atrelada também à agricultura regenerativa, uma base elementar para a regeneração do solo e de seus nutrientes na fase posterior ao cultivo de culturas que drenam suas qualidades.
A agricultura de precisão influencia diretamente nas dinâmicas de irrigação e no controle fitossanitário, reduzindo significativamente as perdas à medida que aumenta a eficiência produtiva.
Na agricultura regenerativa, também atrelada ao uso intensivo de tecnologias, o uso de rotação de culturas, plantio direto e a integração lavoura-pecuária-floresta são práticas incentivadas pelo Plano Safra 2024/2025, a partir do oferecimento de crédito para produtores que adotam práticas conservacionistas.
No pacote tecnológico da era atual, os estudos produzidos por aqueles que cursaram a faculdade de medicina veterinária também constituem-se como avanços importantes. As inovações oriundas desse campo voltado para o agronegócio também mostram-se como tendências.
Os avanços em genética animal, vacinas, bem como o uso de biotecnologia, estão transformando a qualidade final dos produtos e a própria saúde e manutenção dos rebanhos. Em suma, todas essas tendências fundamentais, basicamente em inovações tecnológicas, impactam o cotidiano do trabalhador do campo em termos de produtividade no sentido positivo.
No fim, em 2025, pode-se dizer que o agronegócio continua seguindo o caminho para consolidar-se como um dos setores mais tecnológicos da economia brasileira e, quiçá, do mundo em sua totalidade, buscando, portanto, além de aumentar os índices de produtividade, criar estratégias também atreladas ao consumo consciente dos recursos da natureza, seja na esfera biótica ou abiótica.